Para os interessados em alugar um imóvel no Rio, as dificuldades são cada vez maiores. Além de preços exorbitantes, o aquecimento do setor resultou em mais exigências na hora de assinar o contrato. Isso porque o proprietário tem mais candidatos para selecionar.
Entre os pedidos, há quem exija fiador com dois imóveis na cidade e renda do locatário três vezes superior ao valor do aluguel, dizem especialistas.
Já o metro quadrado chega a custar R$ 70, caso de Ipanema (zona sul). Em um imóvel de 150 metros quadrados nesse bairro, o custo para locação pode ficar em torno de R$ 10 mil.
A busca por uma casa ou apartamento também costuma ser desgastante.
"Há corretores que mostram um imóvel a 12 pessoas ao mesmo tempo. É como uma excursão", diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi do Rio (sindicato da habitação).
Para garantir a locação, os inquilinos já criaram estratégias. "São comuns os casos de casais que combinam: um vê o imóvel e o outro fica na porta da imobiliária com os documentos prontos para serem entregues. Se for o caso, eles se ligam durante a visita e fecham o negócio."
Em algumas regiões, os imóveis bem localizados e em bom estado de conservação chegam a ter fila de espera. É o caso, por exemplo, de apartamentos de um ou dois dormitórios em bairros como Ipanema e Copacabana, ambos na zona sul, e Tijuca, na zona norte.
TEMPORADA
Há proprietários que priorizam a locação para temporada. "Dá mais trabalho porque é preciso acompanhar de perto a situação do imóvel e ficar disponível para atender telefonemas e agendar visitas", diz Schneider.
Em compensação, é possível ganhar o dobro do valor pago em uma locação tradicional.
Para quem faz da locação um investimento, o especialista recomenda ainda optar por unidades menores.
"O retorno dos apartamentos menores é maior, além de ter a possibilidade de pulverizar o risco em mais de uma unidade."
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