sexta-feira, 24 de maio de 2013

Aumenta a procura por usados em São Paulo, afirma administradora de imóveis

Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress
A venda de imóveis usados cresceu 26% no primeiro trimestre deste ano em São Paulo. A alta foi de 6% no mesmo período do ano passado. Os dados são da Lello Imóveis, administradora de imóveis da capital paulista.
A urgência dos compradores pela moradia é um dos fatores que têm estimulado o crescimento do mercado secundário de imóveis.
Parcelamento da entrada é uma vantagem de comprar imóveis na planta
"Os imóveis de terceiros têm a vantagem de serem disponibilizados praticamente no ato para os compradores", destaca Roseli Hernandes, diretora da Lello.
Outro fator é o preço mais em conta que o dos novos.
Ainda segundo levantamento da empresa, na cidade de São Paulo, o metro quadrado de um imóvel usado pode ser de 20% a 50% mais barato que o de um novo na mesma região.
DESCONFIANÇA
A desconfiança quanto ao mercado financeiro e às construtoras é outro fator que aproxima o público dos imóveis usados.
"Os bancos cobram muitas taxas para financiar o imóvel na planta e eu tinha medo porque via muitos casos de atraso na entrega na TV", afirma a aposentada Ruth Oliveira, 70, que comprou um apartamento reformado no centro de São Paulo em 2012.
"Queria algo que eu pudesse comprar e entrar."
Poder ver o imóvel antes do negócio tranquiliza o comprador, de acordo com Roseli Hernandes, da Lello. "Ele sabe exatamente o que está comprando e, por isso, a chance de se arrepender depois é menor", diz.
RETOMADO
Imóveis retomados na Justiça por inadimplência podem ser uma alternativa para quem procura preços mais baixos. O cuidado, no entanto, deve ser redobrado nesses casos.
O problema, afirma a ABMH (Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação), é que, depois de retomar os imóveis, os agentes financeiros não se dão ao trabalho de despejar o morador.
O encargo leva tempo, traz custos e, depois da compra, passa a ser do novo proprietário do local.
Uma precaução recomendada pela entidade é visitar o imóvel. Mesmo uma caixa de papelão no meio da sala pode indicar que ele está ocupado. Se assumir o risco, o ideal é tratar primeiramente com o ex-dono. Caso isso não surta efeito, deve-se levar o caso à Justiça.

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