quarta-feira, 22 de maio de 2013

Consumo e habitação devem estimular economia, diz estudo

WASHINGTON

O fortalecimento dos gastos dos consumidores e dos investimentos em habitação deve compensar um declínio nos gastos do governo neste ano, de acordo com uma pesquisa com economistas divulgada nesta segunda-feira.

A pesquisa com 49 economistas realizada pela Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE, na sigla em inglês) prevê que o consumo aumentará em 2,3% e que o investimento em habitação subirá 15% em 2013, taxas ligeiramente maiores do que as previsões do início deste ano. Em uma pesquisa de fevereiro, a NABE previa que as duas categorias subiriam 1,9% e 14,8%, respectivamente.

Por outro lado, a pesquisa da NABE prevê que os gastos do governo cairão 2,3% em 2013, um recuo maior do que o declínio de 1% previsto em fevereiro.

Em 1º de março, um pacote de US$ 85 bilhões em cortes de gastos do governo entraram em vigor. Estes cortes, que foram exigidos caso o Congresso não conseguisse aprovar um plano de redução do déficit geral, devem ter sido a razão para a redução acentuada nas previsões de gastos do governo, disse a NABE em um comunicado.

No geral, a previsão da NABE é de que o Produto Interno Bruto dos EUA registre um crescimento médio anual de 2,1% em 2013, ligeiramente acima de sua previsão de 2% em fevereiro. Em 2012, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 2,2%. Por outro lado, a NABE prevê que o crescimento médio anual do PIB acelere para 2,9% em 2014.

Os indicadores recentes têm apontado para uma recuperação nos gastos do consumidor à medida que as famílias ganham confiança na recuperação econômica. O setor de habitação tem se recuperado com o avanço dos preços e o retorno dos compradores ao mercado. A NABE previu que as vendas de veículos leves aumentarão para 15,4 milhões de unidades, de 14,4 milhões de unidades em 2012, e que as novas construções de residências subirão para 1 milhão de unidades neste ano, de 780 mil no ano passado.

Recuperação

A agência hipotecária Fannie Mae, controlada pelo governo dos EUA, disse em um relatório divulgado ontem que a economia do país deve acelerar no segundo trimestre e registrar uma expansão de 2,2% este ano. Essa previsão é levemente inferior à projeção feita no mês passado, de crescimento de 2,3%.

"A recente desaceleração econômica se deve, parcialmente, a questões fiscais, incluindo os cortes automáticos de gastos. Entretanto, uma modesta retomada é esperada no segundo semestre, com o mercado de trabalho ganhando força e condições melhores nos mercados imobiliário e financeiros", diz um estudo da equipe econômica da Fannie Mae.

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