quarta-feira, 29 de maio de 2013

Índice que reajusta o aluguel fica estável em maio

SÃO PAULO - Com deflação mais acentuada no atacado e preços mais baixos no varejo, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ficou estável em maio, após registrar alta de 0,15% em abril, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em maio de 2012, o indicador marcou avanço de 1,02%. O IGP-M é geralmente usado como referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel.

O resultado deste mês ficou abaixo da média de 0,04% apurada pelo Valor Data entre projeções de 12 consultorias e instituições financeiras. As estimativas variaram entre queda de 0,01% e alta de 0,08%.

No ano, o IGP-M acumula alta de 0,99% e, em 12 meses, avanço de 6,22%. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Atacado - Dentre os componentes do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com peso de 60%, registrou deflação de 0,30% em maio, ante queda de 0,12% em abril. O IPA de produtos agropecuários registrou queda maior, de 1,98% neste mês, que o recuo de 1,82% no mês passado. O IPA industrial desacelerou alta para 0,34%, de 0,54% no período.

"Entre as principais influências negativas no IPA estiveram aves (-8,84% em abril para -10,54% em maio), tomate (18,72% para -18,95%), laranja (0,60% para -16,06%) e mandioca (-1,96% para -7,33%). O milho em grão registrou deflação menor (-10,21% para -7,96%), mas ainda seguiu como uma das maiores influências de baixa no atacado.

Varejo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - com peso de 30% nos IGPs - registrou variação de 0,33%, em maio, ante 0,60%, em abril. A principal contribuição para a queda da taxa partiu do grupo alimentação (1,26% para 0,36%), em que se destacou o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 10,48% para -3,03%.

Outros quatro grupos desaceleraram: habitação (0,52% para 0,22%), transportes (0,26% para -0,12%), comunicação (0,04% para -0,08%) e despesas diversas (0,25% para 0,24%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: tarifa de eletricidade residencial (0,23% para-1,20%), tarifa de ônibus urbano (0,25% para -1,21%), tarifa de telefone residencial (-0,78% para -1,17%) e acesso à internet em loja (1,29% para 0,00%), nesta ordem.

Em contrapartida, os grupos saúde e cuidados pessoais (0,80% para 1,21%), vestuário (0,53% para 0,93%) e educação, leitura e recreação (-0,27% para 0,05%) apresentaram variações de preços mais altas por conta, principalmente, de medicamentos em geral (1,41% para 2,65%), roupas (0,69% para 1,23%) e show musical (-2,42% para 1,62%), respectivamente.

Construção Civil - O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M), que já tinha sido divulgado pela FGV, registrou alta de 1,24% em maio, ante 0,84% em abril. O indicador tem peso de 10% nos IGPs.

O avanço do indicador foi puxado pelo custo da mão de obra, que subiu 1,88% em maio, após registrar alta de 1,15% em abril. A aceleração foi consequência do reajuste dos salários dos trabalhadores da construção em São Paulo, onde data base é em maio. Na capital paulista, o custo da mão de obra passou de estabilidade para 3,45% no período. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,56%, ante 0,50% em abril.

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