segunda-feira, 27 de maio de 2013

Uma casa dos sonhos. E flutuante

Uma casa dos sonhos. E flutuante

Estrutura de contêiner e ambientação de loft na Califórnia

Vizinhos. A estrutura de contêiner se difere das mais antigas casas de Mission Creek. O pedalinho é usado por toda a vizinhança

Loft na água. A sala, que tem móveis trazidos da Indonésia pelo casal, é integrada à cozinha e às varandas

Ponte. A escada que liga os dois ambientes: inspiração na famosa Golden Gate Bridge

Cozinha. Luminárias pendentes de cerâmica e armários feitos sob medida

Banheiro. Em vez de blíndex ou cortinas, o boxe ganhou portas no estilo das janelas

Fotos de Matthew Millman/The New York Times

Há quem more em barcos ou palafitas. Mas, por que não, ir além e viver em casas flutuantes? Pois na região de Mission Creek, na Califórnia, há cerca de 20 casas assim. A mais nova delas, contudo, chama atenção por sua arquitetura contemporânea e métodos construtivos, mostrou o New York Times em matéria publicada recentemente.

Feita com contêineres, a casa ganhou amplas esquadrias de metal, altas e largas, que permitem melhorar a iluminação interna naturalmente. O telhado em diferentes níveis faz referência ao passado industrial da região. A montagem foi feita num estaleiro em Sausalito, outra área próxima a São Francisco, onde casas flutuantes são bem mais comuns, e custou U$ 400 mil (ou cerca de R$ 800 mil).

Montagem levou seis meses

Internamente, a ambientação da casa de 195 metros quadrados é de um quase loft. Salas de estar e jantar e cozinha são integradas, o que fica ainda mais evidente pela escolha do piso: madeira. Mas a estrela da casa é sua escada circular, que ganhou um forte tom de laranja, referência à famosa Golden Gate Bridge, um dos principais pontos turísticos de São Francisco. Os móveis, também em madeira, dão toque rústico à decoração mais contemporânea e foram trazidos da Indonésia e comprados pessoalmente pelos donos da casa, durante sua lua de mel.

Sarah e Kimo Bertram, o casal, conhecem bem o mundo da construção. Ele é vice-presidente de Desenvolvimento Imobiliário da Hyatt Hotels. Ela é diretora de uma companhia de energia solar. Com esse currículo, nunca tinham pensado em viver numa casa flutuante. Mas acabaram comprando a ideia. E montaram seu projeto num pequeno canal próximo a uma área, antes industrial, que só cresceu recentemente, após a reconstrução da região de Mission Bay, que, patrocinada pelo governo californiano, se tornou um bairro sustentável. Com a qualidade de vida que ganharam, os dois agora até vão de bicicleta para o trabalho.

A construção, feita sobre uma barcaça de concreto que lhe dá a estabilidade necessária, levou seis meses. Mas o momento mais emocionante foi o da chegada da nova casa ao seu porto seguro em novembro passado. Toda a vizinhança foi para terra firme para espiar sua ancoragem. Mas para o alívio de todos, a casa flutuou. E agora está lá segura, à espera de seu novo morador: o primeiro filho da família Bertram.

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