Segundo a agência de classificação de risco Moodys, Brookfield, Even, PDG, Rossi Residencial e Viver podem não pagar suas dívidas nos próximos anos.
A agência de classificação de risco Moodys publicou nesta terça-feira (30) um novo relatório com as empresas em situação mais delicada com relação a capacidade de pagar suas dívidas no Brasil nos próximos anos. Das nove empresas citadas, cinco são do mercado imobiliário.
A liquidez das empresas brasileiras não financeiras teve uma pequena melhora no ano passado, diz a Moodys Investors Service em um novo relatório. Cerca de 57% das empresas com rating da Moodys B3 ou acima disso tiveram risco de liquidez baixo ou médio no fim de 2012, comparadas com 52% no ano anterior. Essas empresas agora têm liquidez suficiente para cobrir pelo menos 150% da dívida com vencimento nos próximos 12 meses.
"Diante do fraco desempenho dos resultados do ano passado, a maioria das empresas administrou a liquidez reduzindo os dividendos e postergando investimentos ou outras necessidades de caixa para amortizar as dívidas de curto prazo e evitar a dependência de fontes externas de financiamento." diz Cristiane Spercel, Assistant Vice President da Moodys e co-autora do relatório. Mesmo assim o relatório ainda mostrou que existem empresas em situação de risco.
Confira as análises sobre as empresas que correm risco de liquidez no mercado imobiliário:
Brookfield
Segundo os cálculos e estimativas da agência, a liquidez disponível nos próximos dois anos cobrem apenas 39% das dívidas a vencer no mesmo período e 64% para 12 meses. A geração de caixa livre em 2012 foi negativa em 1,027 bilhão de reais. As ações têm queda de 38,3% em 2013. A Moodys pondera que os contratos com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) garantem 3,6 bilhões de reais para a empresa, valor suficiente para cobrir os projetos em andamento.
Even
Os recursos disponíveis nos próximos 24 meses garantem o pagamento de 59% das dívidas a vencer no mesmo período e 145% em 12 meses. A geração de caixa livre da empresa no ano passado foi de apenas 12 milhões de reais. O rating da empresa está em Ba3, com perspectiva estável. As ações têm desempenho estável em 2013.
PDG
A construtora, que tem o rating Ba3 com perspectiva negativa, também tem um nível alto de risco de disponibilidade de caixa para honrar os pagamentos em 12 a 24 meses. A liquidez disponível para os próximos 24 meses cobre 65% das dívidas a vencer no período e 103% quando considerado o período de 12 meses. O fluxo de caixa da empresa foi negativo em 1,461 bilhão de reais em 2012. As ações têm queda de quase 31% em 2013.
A agência ressalta, contudo, que a fraca geração de caixa tem sido sustentada pela disponibilidade adequada de projetos sob o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e pelo apoio dos acionistas, que capitalizaram a empresa com 800 milhões de reais no terceiro trimestre de 2012.
Rossi Residencial
De acordo com as estimativas da agência, o caixa disponível nos próximos 24 meses só é suficiente para cobrir 37% das dívidas a vencer no mesmo período e 60% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 759 milhões de reais. A nota com a Moodys é Ba2 e a perspectiva negativa. As ações da Rossi têm queda de 28% em 2013.
"O fraco perfil de liquidez da Rossi reflete a alta alavancagem e a baixa geração de caixa. O risco de refinanciamento é amplamente mitigado pela disponibilidade de empréstimos por meio do SFH e o apoio constante dos acionistas que aumentaram o capital em 500 milhões de reais durante o quarto trimestre de 2012", pondera a Moodys.
Viver
Com o rating B3 e perspectiva negativa, a construtora possui recursos nos próximos 24 meses capazes de cobrir 89% das dívidas no mesmo período e 68% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 105 milhões de reais. As ações têm desempenho estável em 2013.
A Moodys ressalta que, atualmente, a liquidez da Viver é fraca e terminou 2012 com apenas 183 milhões de reais em dinheiro. A empresa possui cerca de 300 milhões de reais em empréstimos aprovados junto ao SFH que cobrem aproximadamente 80% dos projetos em andamento.
Fonte: PINI web
A agência de classificação de risco Moodys publicou nesta terça-feira (30) um novo relatório com as empresas em situação mais delicada com relação a capacidade de pagar suas dívidas no Brasil nos próximos anos. Das nove empresas citadas, cinco são do mercado imobiliário.A liquidez das empresas brasileiras não financeiras teve uma pequena melhora no ano passado, diz a Moodys Investors Service em um novo relatório. Cerca de 57% das empresas com rating da Moodys B3 ou acima disso tiveram risco de liquidez baixo ou médio no fim de 2012, comparadas com 52% no ano anterior. Essas empresas agora têm liquidez suficiente para cobrir pelo menos 150% da dívida com vencimento nos próximos 12 meses.
"Diante do fraco desempenho dos resultados do ano passado, a maioria das empresas administrou a liquidez reduzindo os dividendos e postergando investimentos ou outras necessidades de caixa para amortizar as dívidas de curto prazo e evitar a dependência de fontes externas de financiamento." diz Cristiane Spercel, Assistant Vice President da Moodys e co-autora do relatório. Mesmo assim o relatório ainda mostrou que existem empresas em situação de risco.
Confira as análises sobre as empresas que correm risco de liquidez no mercado imobiliário:
Brookfield
Segundo os cálculos e estimativas da agência, a liquidez disponível nos próximos dois anos cobrem apenas 39% das dívidas a vencer no mesmo período e 64% para 12 meses. A geração de caixa livre em 2012 foi negativa em 1,027 bilhão de reais. As ações têm queda de 38,3% em 2013. A Moodys pondera que os contratos com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) garantem 3,6 bilhões de reais para a empresa, valor suficiente para cobrir os projetos em andamento.
Even
Os recursos disponíveis nos próximos 24 meses garantem o pagamento de 59% das dívidas a vencer no mesmo período e 145% em 12 meses. A geração de caixa livre da empresa no ano passado foi de apenas 12 milhões de reais. O rating da empresa está em Ba3, com perspectiva estável. As ações têm desempenho estável em 2013.
PDG
A construtora, que tem o rating Ba3 com perspectiva negativa, também tem um nível alto de risco de disponibilidade de caixa para honrar os pagamentos em 12 a 24 meses. A liquidez disponível para os próximos 24 meses cobre 65% das dívidas a vencer no período e 103% quando considerado o período de 12 meses. O fluxo de caixa da empresa foi negativo em 1,461 bilhão de reais em 2012. As ações têm queda de quase 31% em 2013.
A agência ressalta, contudo, que a fraca geração de caixa tem sido sustentada pela disponibilidade adequada de projetos sob o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e pelo apoio dos acionistas, que capitalizaram a empresa com 800 milhões de reais no terceiro trimestre de 2012.
Rossi Residencial
De acordo com as estimativas da agência, o caixa disponível nos próximos 24 meses só é suficiente para cobrir 37% das dívidas a vencer no mesmo período e 60% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 759 milhões de reais. A nota com a Moodys é Ba2 e a perspectiva negativa. As ações da Rossi têm queda de 28% em 2013.
"O fraco perfil de liquidez da Rossi reflete a alta alavancagem e a baixa geração de caixa. O risco de refinanciamento é amplamente mitigado pela disponibilidade de empréstimos por meio do SFH e o apoio constante dos acionistas que aumentaram o capital em 500 milhões de reais durante o quarto trimestre de 2012", pondera a Moodys.
Viver
Com o rating B3 e perspectiva negativa, a construtora possui recursos nos próximos 24 meses capazes de cobrir 89% das dívidas no mesmo período e 68% em 12 meses. A geração de fluxo de caixa livre em 2012 foi negativa em 105 milhões de reais. As ações têm desempenho estável em 2013.
A Moodys ressalta que, atualmente, a liquidez da Viver é fraca e terminou 2012 com apenas 183 milhões de reais em dinheiro. A empresa possui cerca de 300 milhões de reais em empréstimos aprovados junto ao SFH que cobrem aproximadamente 80% dos projetos em andamento.
Fonte: PINI web
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