sexta-feira, 19 de abril de 2013

Construção civil já vê tempos melhores

Volume de projetos que aguardam liberação embasa otimismo
Foto: Cedoc/RAC
Em obras: fim da crise política e da insegurança jurídica gerada por ela volta a animar o setor
Em obras: fim da crise política e da insegurança jurídica gerada por ela volta a animar o setor

O setor da construção civil acredita que, embora o primeiro trimestre tenha fechado com uma redução de 18,5% em volumede áreas com alvará de aprovação liberados pela Prefeitura, os próximos três meses serão de grande recuperação.

A Secretaria de Urbanismo tem um estoque de pelo menos 420 mil metros quadrados à espera de aprovação. Assim, apesar da queda no primeiro trimestre - quando foram expedidos alvarás de aprovação e execução para 165,6 mil metros quadrados, contra 203,4 mil na comparação com o mesmo período de 2012 - a perspectiva é que o semestre termine com crescimento, atestando a retomada dos investimentos.

Para o presidente da Associação Regional da Habitação (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, o resultado do trimestre foi ?razoável? para um início de Administração. ?O estoque que temos é excelente e a Prefeitura tem demonstrado agilidade para fazer as análises e liberações. Temos conhecimento de muitas situações em que o alvará é liberado em 30 dias?, afirmou.

Segundo ele, houve uma pequena retração no mercado, atestada pela redução na venda de cimento, que o setor calcula em 8,5%, o que segundo ele é normal em início de ano.

Mas o fato é que Campinas ainda está tentando se recuperar dos reflexos da crise política deflagrada em 2011 e que culminou com a cassação dos prefeitos Hélio de Oliveira Santos (PDT) e Demétrio Vilagra (PT), levando os empresários a desistirem de seus projetos na cidade.
Um dos setores mais atingidos foi o da construção civil,que teve uma queda de 54% na área de construção aprovada em 2011 em relação ao ano anterior.

A corrupção instalada na Prefeitura atingiu em cheio o setor de construção por conta da crise que gerou insegurança jurídica e travou a aprovação de projetos.

Sem pessoal
Para o diretor do Sindicato da Habitação (Secovi), Fuad Jorge Cury, a diminuição no ritmo das aprovações também tem uma outra causa: a falta de estrutura da própria Prefeitura, especialmente em recursos humanos.

Segundo ele, o mercado está aquecido, e embora a segurança jurídica esteja se restabelecendo, o ritmo de tramitação dos processos ainda não acompanha as necessidades do setor.
?Temos empreendimentos que esperam há 3 anos por aprovação?, afirmou. Cury disse que a Secretaria de Meio Ambiente, por exemplo, tem 46 funcionários, quando cidades do mesmo porte de Campinas têm 200.

?Temos problemas de pessoal e de equipamentos, e isso represa muitos projetos. Mas como é um problema que não podemos solucionar, vamos ter que ser um pouco mais pacientes?, disse.
Na avaliação do diretor do Secovi, as aprovações que saíram no trimestre são de projetos que deram entrada na Prefeitura no ano passado. ?Mas é evidente que a aceleração das liberações é importante, porque entre a aprovação e o lançamento de um empreendimento leva pelo menos 120 dias. E acredito que a partir do segundo semestre a situação irá melhorar bastante?, disse.
As aprovações do trimestre ficaram centradas em imóveis residenciais. Foram liberados 79,1 mil metros quadrados de residências unifamiliares e 44,4 mil de multifamiliares. O comércio teve 27,6 mil metros quadrados, obras institucionais 2,5 mil e outros, como reformas, somaram 11,8 mil.
Segundo a Habicamp,isso representa um total dehabitações para cerca de 3 milpessoas.


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