terça-feira, 2 de abril de 2013

Índice que reajusta o aluguel desacelera para 0,21% em março, diz FGV

A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) desacelerou para 0,21% em março, após ter registrado alta de 0,29% em fevereiro, segundo informou nesta quarta-feira (27/03) a FGV (Fundação Getulio Vargas).

No mesmo período em 2012, o indicador registrou alta de 0,43%. O IGP-M acumula alta de 0,84% no ano e de 8,06% em 12 meses. A leitura deste mês ficou abaixo da média de 0,29% apurada pelo Valor Data entre 14 consultorias e instituições financeiras. O intervalo das projeções ficou entre 0,20% e 0,35%.

O IGP-M, referência para reajuste de contratos, como os de aluguel, foi apurado entre os dias 21 de fevereiro e 20 de março. Dos componentes do indicador, a inflação observada no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com peso de 60%, recuou para 0,01% em março, ante alta de 0,21% em fevereiro.

O IPA de produtos agropecuários recuou 0,70%, ante queda de 1,31%. O de produtos industriais desacelerou para alta de 0,30%, de 0,82% no mês anterior. Individualmente, os produtos que mais influenciaram o IPA no lado positivo foram minério de ferro, que saiu de alta de 3,21% para avanço de 5,88%, seguido por ovos (9,44% para 11,03%) e feijão (5,21% para 5,49%).

Óleo diesel desacelerou a alta de 5,40% para 3,31% no período, mas seguiu como uma das principais influências de alta no IPA. No lado negativo estiveram soja em grão (-11,06% para -4,78%), farelo de soja (-7,97% para -12,32%), milho em grão (-2,88% para -3,36%) e café em grão (-0,08% para -5,91%).

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%, registrou variação de 0,72%, em março, ante 0,30%, em fevereiro. A principal contribuição para alta do índice partiu do grupo habitação (-1,75% para 0,48%), que subiu por conta da menor deflação da tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -16,14% para -1,62%.

Taxas maiores também foram registradas nos grupos vestuário (-0,28% para 0,70%), saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,58%) e comunicação (0,18% para 0,47%). Os itens que mais contribuíram para esses movimentos foram: roupas (-0,41% para 0,73%), medicamentos em geral (-0,10% para 0,30%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,13% para 1,22%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (1,45% para 0,30%), despesas diversas (2,08% para 0,20%), transportes (0,89% para 0,61%) e alimentação (1,51% para 1,37%) apresentaram taxas de variação menores. Para cada uma dessas classes de despesa, destacam-se os itens: cursos formais (2,51% para 0,01%), cigarros (3,89% para 0,00%), gasolina (3,12% para 2,17%) e carnes bovinas (0,37% para -2,05%), respectivamente.

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) - com peso de 10% no IGP-M - registrou, em março, taxa de variação de 0,28%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,80%. No ano, o índice acumula variação de 1,47% e, nos últimos 12 meses, a taxa registrada é de 7,25%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,42%.

No mês anterior, a taxa havia sido de 0,59%. No ano, a alta é de 1,41% e, em 12 meses, de 5,13%. Já o índice referente à mão de obra registrou variação de 0,14%. No mês anterior, a taxa foi de 1%. No ano, a alta acumulada é de 1,54% e, em 12 meses, de 9,34%.

Fonte:  Folha de S. Paulo

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